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  • Foto do escritorMarcos Oliveira

Correios anunciam restrições de postagem de baterias, celulares e eletrônicos via SEDEX.


Bem, se você chegou até aqui é porque está pesquisando sobre o tema após ter lido algum artigo ou assistido a algum vídeo dizendo que OS CORREIOS PROIBIRAM O ENVIO DE PRODUTOS ELETRÔNICOS E BATERIAS.


Com certeza, alguns blogs e canais do Youtube colocaram títulos bombásticos para chamar sua atenção, dando a ideia de uma proibição generalizada.


Mas, como sempre, a frase que começamos este artigo é: “Não é bem assim...”. Então, Vamos lá!


É verdade que os Correios acabaram de anunciar a proibição do envio de produtos eletrônicos contendo baterias através da modalidade SEDEX em diversas modalidades e trechos.


Confira abaixo os serviços e trechos proibidos:


Entretanto, os envios na MODALIDADE PAC (TODO O BRASIL) e SEDEX (apenas alguns trechos) permanecem disponíveis. Entretanto, os prazos de entrega na modalidade PAC são maiores, posto que são realizados por transporte terrestre. Confira a seguir:


Motivos da proibição:


A empresa alega estar seguindo orientação da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil que, recentemente, atualizou a lista de produtos perigosos para a segurança aeroviária que não poderão mais ser transportados via avião.


O transporte de baterias desacopladas, como carga, já era proibido desde 01/04/2016. Entretanto, a proibição restringia-se às baterias de íon lítio (UN 3480) transportadas isoladamente, sem afetar o transporte de equipamentos eletrônicos que utilizam esse dispositivo, tais como celulares, computadores portáteis, câmeras fotográficas, dispositivos médicos, relógios etc


A proibição do transporte de tais baterias em aeronave de passageiros e as restrições em aeronaves cargueiras foram impostas pela OACI (Organização Internacional da Aviação Civil, também conhecida por sua sigla em inglês, ICAO), baseadas em testes realizados e após comunicados emitidos pelas três principais fabricantes de aviões (Airbus, Boeing e Embraer), que apontaram que as aeronaves não foram projetadas para combater o fogo proveniente de baterias de ío lítio (UN 3840).


Os testes apontaram que uma única bateria danificada ou em curto-circuito, aquecida ou defeituosa, pode iniciar espontaneamente uma reação interna (thermal runaway - aceleração térmica), gerando propagação de calor capaz de afetar as baterias ao seu redor. Essa reação química produz gases inflamáveis.


Os principais fabricantes de aeronaves sugeriram ainda que as empresas aéreas não transportassem baterias de íon lítio como carga em aeronaves de passageiros, pois os sistemas de supressão de fogo possuem limitações técnicas.


Acredita-se que o o transporte de uma carga de bateria de íons de lítio, que se encontrava a bordo, possa ter sido a causa do desaparecimento do avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH370.


Outros incidentes:

· Um passageiro da Southwest Airlines ficou com as mãos queimadas quando uma dessas baterias de lítio de um celular derreteu um saco plástico onde estava guardada e colocou fogo na passagem do passageiro;


· Um pacote de 18 baterias de lítio derreteu e colocou fogo em sua embalagem externa em um voo em Louisville, Kentucky;


· Um piloto do FedEx em um voo de Memphis viu sua mochila pegar fogo quando uma bateria de lítio de uma lanterna explodiu.


· No dia 16 de janeiro de 2013, o acumulador de íons de lítio principal de um Boeing 787 da All Nipon Airways (ANA) se aqueceu, provocando um forte cheiro de queimado. A avaria desencadeou três alarmes na cabine do avião, razão pela qual os pilotos realizaram um pouso de emergência em Takamatsu, sul do Japão. A bateria foi destruída em um processo chamado de aceleração térmica, no qual o calor se torna incontrolável, declarou um funcionário da agência de segurança de transporte aéreo (JTSB).


· Um incidente similar ocorreu uma semana antes em um avião da Japan Airlines em Boston, nos Estados Unidos. Após o incidente com o avião da ANA, as autoridades aéreas de Japão, Estados Unidos e de outros países proibiram os Boeing 787 de voar até que sejam esclarecidas as causas do problema e se garanta o funcionamento seguro das baterias.

Na época a Boeing pediu aval da Federal Aviation Authority, regulador norte-americano de aviação, para testes de voo com o modelo 787 Dreamliner, sugerindo que a empresa está progredindo na busca de uma solução dos problemas com baterias que levaram ao cancelamento dos voos.


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